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O prazer de evoluir

Tenho pensado muito nos últimos tempos sobre a questão do sofrimento para o desenvolvimento espiritual, e não posso deixar de reconhecer que, no fundo, minha insegurança de avançar em assumir novas posturas, pelo menos publicamente, se dá pela tendência, meio consciente, meio inconsciente, de temer as responsabilidades de estar influenciando pessoas e me comprometendo com a lei do carma. Ou seja, quero repensar a lei do carma mas ainda me sinto subjugado, em termos, ao conceito tradicional que dela criamos. Acho que meus exercícios reflexivos sobre o assunto são, na verdade, uma tentativa de libertação pessoal.
Mas neste texto, gostaria de estar enfocando especialmente a questão de nosso processo evolutivo ter que ser marcado necessariamente pelo sofrimento.

A Psicanalista e Psicopedagoga argentina, Alicia Fernandes, autora de diversas obras sobre educação, enfatiza que a pulsão para aprender pode ser fruto de um instinto básico, como os instintos de vida e morte apresentados na Teoria Psicanalítica de Freud. Não pretendo aqui aprofundar a questão se o ato de aprender provém de um instinto de aprender ou se é uma pulsão derivada do instinto freudiano de vida. São duas possibilidades reais a serem discutidas, apesar de eu, a princípio, ser mais simpático à segunda. Contudo, parece certo que a satisfação da pulsão de aprender, como a satisfação da pulsão de vida, tem como objetivo o alcance de um estado de prazer, o que também defende Alicia.

Ou seja, um indivíduo mentalmente saudável deveria encontrar prazer no ato de aprender. E isso não é difícil de ser constatado: basta observarmos uma criança nos primeiros meses e anos de sua vida, quando ainda não tenha possivelmente sido neurotisada com os medos e projeções de seus pais e professores, para vermos o prazer que ela sente em buscar compreender o mundo ao seu redor, tocando, mexendo, desmontado e remontando, construindo um processo de aprendizagem próprio sobre o que é a vida. E, mesmo sentindo dor em momentos de dificuldade, como machucados e repreensões, ela volta a retomar suas buscas por novas descobertas.
Esse prazer vai se perder, muitas vezes, pela falta de habilidade ou mesmo de saúde mental daqueles que dela cuidam, transformando o prazeroso ato de aprender em algo sofrido e imposto.

Parece-me que as religiões fizeram isso com o imaginário coletivo do ser humano quando formularam a lenda da expulsão de Adão e Eva do paraíso, sendo penalizados com a determinação de que teriam que “ganhar o pão com o suor de seus rostos”. Ora, aquilo que também deveria ser prazeroso, que é aprender novas formas de trabalho e de reconstrução do mundo ao seu redor, passou a ser visto como castigo. Aliás é comum pais que ameaçam seus filhos com o trabalho ou com a escola, como se isso fosse punição.
Não é de se estranhar que ao longo de nossa evolução tenhamos nos firmado na idéia de que o desenvolvimento pessoal, o ato de aprender para o amadurecimento da individualidade, tenha que ser realizado à custa de sofrimento.

Contudo, também não podemos negar o fato de que a vida neste planeta, com o nível de evolução em que ela se apresenta, tenha sido e ainda continuará sendo permeada por dores. Cabe então uma reflexão sobre o diferencial entre dor e sofrimento.
Podemos entender dor como uma sensação pessoal, por isso subjetiva, resultante de um estímulo externo (físico ou afetivo) que é sentido como desagradável. Já o sofrimento é o sentimento que se constrói a partir de uma dor pelas conseqüências que ela nos causa, como a perda de outras oportunidades de prazer. Você sente uma dor ao quebrar a perna, mas você pode viver a recuperação de forma produtiva e operosa ou se acomodar em lamentações por não poder estar fazendo outras coisas que gostaria. Dessa forma a dor é inevitável mas o sofrimento é opcional.

A dor como instrumento de evolução é importante porque ela limita a hegemonia de nosso egocentrismo, nos fazendo reconhecer nossos próprios limites e legitimar a existência de outros seres que muitas vezes se impõem sobre nossa vontade. Isso é a essência do processo de amadurecimento psicológico e espiritual que a vida nos propõe nos conduzindo no rumo do altruísmo.
Ora, a compreensão e consciência desse fato tende a nos levar para um outro nível de interpretação da dor. Apesar do estímulo desagradável, ela tem uma finalidade útil que trará resultados gratificantes, como a maior liberdade dos padrões de comportamento da imaturidade psicológica, como o acesso às percepções mais sutis dos prazeres da alma, menos irritantes e adstringentes.

Como a criança que se diverte aprendendo com seus erros e suas conquistas, evoluir espiritualmente não deveria ser visto como uma vivência penalizante e desagradável, mas prazerosa na medida em que vai nos descortinando novas compreensões da vida e de nós próprios.
Quero dizer com isso que mesmo em situações em que o indivíduo esteja sentindo uma dor, física ou emocional, ele não precisa necessariamente estar sofrendo e infeliz. É possível, pelo avanço na compreensão das leis e circunstâncias que regem a vida e nosso processo de evolução, que se permaneça feliz diante de uma oportunidade de aprendizado, mesmo que ela envolva uma dor.

Isso não deve ser entendido como um ato masoquista, de alguém que busca se martirizar, mas como um estado de lucidez de quem valoriza as lições que o levarão a níveis mais elevados de maturidade psicológica e espiritual.


por João Carvalho Neto - joaoneto@joaocarvalho.com.br
Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, autor do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, autor dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal

Terapia Regressiva: O avanço de uma nova proposta

Durante o mês de novembro de 2010, mais precisamente entre os dias 13 e 15, aconteceu o 2º Congresso Nacional de Terapia Regressiva, em São Paulo, reunindo os mais importantes nomes da TR no Brasil. Mais uma vez fiquei muito feliz de poder estar participando como palestrante, um Psicoterapeuta da desconhecida cidade de Saquarema, quase que subitamente, mas não sem muito esforço e dedicação, fazendo parte da história que começou a se escrever no Brasil desde o ano passado com o 1° Congresso em Salvador. Desta vez, ainda abordando a Psicanálise Transpessoal, que é uma técnica psicoterapêutica que venho desenvolvendo com base em minha formação como Psicanalista, Terapeuta Regressivo e Terapeuta Floral, abordei a importância do tratamento dos pacientes na sua totalidade, não apenas erradicando sintomas, mas construindo mentes mais fortes e elásticas que não se tornem predispostas a novas doenças.

A Terapia de Vidas Passadas começa a surgir no cenário mundial através da pesquisa de um grupo de espanhois durante um congresso de psiquiatria na Europa no ano de 1895. Claro que já nesta época, Charcot, Freud, Breuer, entre outros, faziam hipnose e regressão de seus pacientes para detectarem os traumas da infância. Mas foi com este trabalho pioneiro que a técnica regressiva ultrapassou as fronteiras da concepção, para invadir a rica vida psíquica construída em existências passadas.

De lá para cá, incontáveis pesquisadores, homens dedicados à ciência, sem preconceitos, vieram descortinando as inúmeras possibilidades da Terapia Regressiva, entre eles Ian Stevenson, Morris Netherton, Hans Tendam, Roger Woogler e, é claro, o best-seller Brian Weiss.

Hoje, a Terapia Regressiva, nas suas diversas modalidades, vem ganhando espaços em todos os continentes e países, e o Brasil passou a ocupar lugar de destaque, principalmente após o 3º Congresso Mundial que aconteceu no Rio de Janeiro, em 2008, e no qual também estive apresentando minha proposta.

E não poderia ser diferente, pelos resultados de excelência no tratamento e cura dos diversos transtornos da mente humana, com que a Terapia Regressiva tem beneficiado a todos que a ela recorrem buscando alívio para seus sofrimentos.

Vivemos tempos de grandes descobertas, onde o ser humano passa a encontrar expressões mais saudáveis de viver, libertando-se de doenças afligentes ao deparar-se com suas causas na realidade maior, transcendente e espiritual que lhe é subjacente. Não é sem espanto que ainda observamos o preconceito, verdadeiramente anticientífico, em cientistas que deveriam buscar a verdade acima de suas crenças pessoais. É inaceitável que conselhos profissionais, negando a tendência de um paradigma emergente, continuem a condenar aquilo que vem trazendo cura para uma parcela cada vez mais significativa da população.

Mas a história não se detém diante do dogmatismo prepotente, ao contrário, o tempo faz com que verdades ultrapassadas sejam superadas por novas descobertas que vão vencendo, pouco a pouco, as rígidas barreiras do corporativismo ideológico.

E a Psicanálise Transpessoal, como uma técnica que associa a Psicanálise e a Terapia Regressiva de Vidas Passadas, é uma das mais novas expressões dessa vanguarda de estudiosos da mente humana.

É com vaidade que escrevo estas linhas? Claro que sim, uma saudável vaidade de quem vê seus esforços coroados pelo reconhecimento de pacientes e pesquisadores. Mas também com muita responsabilidade pelo quanto podemos oferecer de alívio àqueles que sofrem, como um compromisso com que o Poder Criador da vida nos investiu ao inspirar-nos nessa caminhada.

João Carvalho Neto

Psicanalista, autor dos livros

“Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal”

O que são os Radicais Livres?

A Medicina moderna cada vez mais cita a importância dos Radicais Livres na gênese de diversas doenças. Mas para a maioria das pessoas ainda é um mistério o que são estas substâncias que tanto prejudicam o organismo. Será que elas são apenas prejudiciais? Ou teriam também um papel funcional? Nada existe por acaso nesta divina obra que é o nosso corpo, então vamos conhecer o que são os radicais livres, como se formam, porque se tornam patogênicos, quais as doenças que causam e nestes casos, como combatê-los.

Os Radicais Livres são substâncias derivadas do oxigênio, que quando em quantidades acima do normal, são altamente nocivas às células. Mas porque o nome Radical Livre? Acontece que os radicais livres são todas as moléculas que apresentem um número ímpar de elétrons na sua órbita externa, ou melhor, um elétron desemparelhado naquela posição. Por essa razão essas moléculas tentam "desesperadamente" "roubar" um elétron de qualquer outra substância para tornarem-se estáveis. Mas com a perda do elétron da outra substância forma-se um novo radical livre, originando uma reação em cadeia que pode lesar seriamente diversas estruturas celulares.

Os Radicais Livres são produzidos no processo de respiração celular, e no próprio organismo existem Enzimas que neutralizam estas moléculas.

Os Radicais Livres mais importantes são:

  • Radical Superóxido
  • Peróxido de Hidrogênio
  • Radical Hidroxila
  • Oxigênio Singlet (este é proveniente do processo de fagocitose)

As enzimas que neutralizam estes Radicais Livres são:

  • Superóxido Dismutase
  • Catalase
  • Glutation Peroxidase
  • Metionina Redutase

Os Radicais livre têm no organismo importante papel na destruição dos micro-organismos invasores. No metabolismo do oxigênio já é feita uma pequena reserva de 2% a 5% para formar os radicais livres.

O problema acontece quando os radicais livres aumentam sua concentração no organismo de forma descontrolada, provocando diversos tipos de lesões. A essas situações deu-se o nome de Estresse Oxidativo. Este tipo de Estresse é precipitado por diversos fatores externos como:

  • Estresse Químico (Poluição ambiental, alimentação inadequada, drogas, álcool, fumo, etc.)
  • Estresse Emocional (Depressão, medo, frustração, traição, etc.)
  • Estresse Físico (Exercícios excessivos, parto, traumatismos, radioatividade, etc.)
  • Estresse Infeccioso (Doenças virais, bacterianas, etc.)

Para combater o Estresse Oxidativo, devemos:

  1. Diminuir o estresse primário que está provocando o estresse oxidativo
  2. Administrar ou estimular a produção de enzimas antioxidantes (glutation, SOD, cisteína, selênio, etc.)
  3. Administrar antioxidantes não enzimáticos (Vitamina E, Vitamina A, Vitamina C, Ginkgo Biloba, etc.)

Os Radicais Livres vem despertando grande interesse no mundo cientifico por sua ligação com três grandes males que afligem a humanidade: Câncer, Aterosclerose e Envelhecimento. Além destas existe uma grande quantidade de doenças que tem relação com o estresse oxidativo, vamos as mais importantes

  • Auto-Imunes (Retocolite Ulcerativa, lúpus, artrite reumatóide, esclerose múltipla, doença de crõw, psoríase, etc.)
  • Circulatórias (Aterosclerose, isquemia, doença coronariana, claudicação intermitente, arritmias cardíacas, cardiomiopatia alcoólica, AVC, etc.)
  • Metabólicas (Diabetes, Deficiências nutricionais, alcoolismo, lesóes por irradiação ionizante, gota, etc.)
  • Degenerativas (Envelhecimento precoce, ALzheimer, Catarata, amiloidose, câncer, parkinsonismo, etc.)
  • Respiratórias (Enfizemas, Bronquite asmática, tabagismo, etc.)
  • Imunológicas (Alergias, rejeição a transplantes, imunodeficiência idiopática, HIV (Aids), etc.)
  • Digestivas (Gastroenterite aguda, pancreatite, diarréia crônia, síndromes de má absorção, hepatites, cirroses, etc.)
  • Ginecológicas ( Tensão Pré-menstrual)
  • Psiquiátricas (Depressão, esquizofrenia, etc.)

Por isso, é recomendado, procurar um profissional de saúde habilitado, para iniciar um tratamento com base na prevenção e controle dos Radicais Livres, e se você já tem algum problema de saúde, o controle do estresse oxidativo será ainda mais benéfico para a sua recuperação.




Turi Pereira de Souza - turionline@gmail.com - É Terapeuta Vitalista Biomolecular &
Estudante de Biomedicina. É Autor do Blog Saúde Vital. Dá dicas de saúde no Twitter (@turisaude) e no Facebook (facebook.com/turisouza). Atende com prática em Medicina Tradicional Chinesa utilizando as técnicas da Terapia Ortomolecular, Nosódioterapia e Florais de Bach.